MPLA diz que continua comprometido com combate à corrupção em Angola

O líder do MPLA, no poder em Angola, disse hoje que o programa de governação 2022/2027 mantém o compromisso do combate à corrupção e impunidade, e justificou que a não recondução do atual vice-Presidente foi a seu pedido.

João Lourenço discursou hoje na abertura da I reunião extraordinária do Comité Central, realizada para a aprovação do programa do Governo para o período 2022/2027, o Manifesto Eleitoral e as listas de candidatos a deputados à Assembleia Nacional, para o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) dar entrada no Tribunal Constitucional à sua candidatura às eleições gerais de agosto próximo.

“Quanto à proposta de programa do Governo e do Manifesto Eleitoral que trazemos para vossa apreciação e aprovação, ela assenta no compromisso de continuar a luta contra a corrupção e a impunidade, na necessidade de continuar a trabalhar na criação de um cada vez melhor ambiente de negócios, na atração do investimento privado direto, na diversificação da economia, na aposta no aumento da produção interna, na necessidade imperiosa da redução das importações e do aumento das exportações”, referiu João Lourenço.

Segundo o líder do MPLA, a proposta de programa “presta uma atenção particular à necessidade de continuar a melhorar as infraestruturas, melhorar a qualidade de vida dos angolanos através do investimento contínuo na formação do homem, no acesso à educação, no acesso aos cuidados de saúde, à habitação, assim como na maior oferta de água potável e energia elétrica e na criação de maior oferta de postos de trabalho”.

“Embora o mundo esteja a viver uma situação de crise económica sem fim à vista, nosso Programa de Governo está focado em assegurar o crescimento económico e o desenvolvimento económico e social do país nos próximos anos”, sublinhou.

No que se refere às listas de candidatos a deputados à Assembleia Nacional, que integram os nomes do candidato a Presidente da República, a vice-Presidente da República, a presidente da Assembleia Nacional e a deputados, tanto pelo círculo nacional, como pelos círculos provinciais, não será reconduzido o atual vice-Presidente, Bornito de Sousa, para o mesmo cargo.

“Salta à vista a não recondução do atual vice-Presidente da República para o mesmo cargo que hoje ocupa, facto que se deve à intenção por si manifestada logo no início do presente mandato e que respeitamos, propondo um outro - no caso uma candidata - ao cargo de Vice-Presidente da República”, informou.

De acordo com o líder do MPLA, a lista de candidatos a deputados procurou “respeitar o necessário equilíbrio do género e uma representação significativa de jovens quadros em fase de serem lançados para novas responsabilidades e desafios, o que só vem confirmar a aposta que o MPLA sempre fez na juventude angolana”.

João Lourenço destacou que o país está a cerca de três meses de realizar as quintas eleições gerais, que espera “virem a ter uma grande participação dos cidadãos eleitores que estejam em condições legais de exercer o direito de escolha dos seus representantes na Assembleia Nacional e do Presidente da República”.

“Embora seja um processo que se realiza de cinco em cinco anos e, portanto, devia ser encarado como rotineiro, a verdade é que, pela importância que tem para a consolidação da nossa democracia e para a vida dos cidadãos, ele cria sempre muita expetativa e ansiedade sobre a forma como decorrerá e os resultados que dele se esperam”, frisou João Lourenço.

Na ocasião, o presidente do partido no poder aproveitou para agradecer aos militantes, amigos e simpatizantes do MPLA, “pelo trabalho que vem sendo realizado com espírito de total entrega à causa, de Cabinda ao Cunene sem exceção, durante este período de pré-campanha”.