Para a ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social de Angola, Teresa Dias, a “angolanização da indústria petrolífera passa, essencialmente, pela elevação do nível técnico e profissional do capital humano nacional para estar à altura das exigências do mercado”.
Falando hoje na abertura do 1.º Worskhop sobre Soldadura Industrial, realizado em Luanda, a governante disse que “está mais do que na altura” de se preencherem os postos de trabalho criados no setor industrial “com recurso à força de trabalho capacitada localmente”.
“Entendemos que é urgente mobilizarmos os atores relevantes neste processo para uma reflexão em torno dos caminhos a percorrer conjuntamente para a materialização deste desiderato, tendo sido eleito a soldadura como o ponto de partida”, realçou.
A ministra angolana desafiou, na sua intervenção, as empresas e as instituições com vocação para a formação de quadros para acelerarem o processo de atualização dos planos curriculares, formação técnica e certificação internacional dos formadores e das respetivas instituições.
Defendeu também a necessidade da elevação do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional “ao restrito clube de entidades certificadoras”, a fim de facilitar os demais atores que queiram ministrar a formação profissional neste domínio, esperando contar com a participação do setor privado neste esforço.
Angola conta atualmente com uma rede de 161 centros de formação profissional espalhados pelo país, incluindo o Centro Integrado de Formação Tecnológica do Huambo, que será inaugurado brevemente, o qual conta “com equipamentos e meios à altura dos desafios do ramo da indústria”, afirmou.
Teresa Dias disse, ainda, que, na área de soldadura, o país conta com uma oferta formativa de “grande qualidade” nas províncias de Luanda, Bengo, Huíla e Lunda Sul.