Segundo um comunicado da instituição financeira, o BAI deu entrada junto da Comissão de Mercado de Capitais (CMC), ao requerimento de aprovação do Prospeto da operação de venda de 1.945 000 ações, representativas de 10% do capital social do banco, detidos pela petrolífera Sonangol (8,5%) e pela diamantífera estatal Endiama (1,5%), representados no ato pelo Instituto de Gestão de Ativos e Participações do Estado (IGAPE).
Os acionistas do BAI aprovaram no ano passado a alteração dos estatutos para permitir a abertura do seu capital em bolsa em 2022.
"Com esta importante alteração, o BAI assumirá o estatuto de sociedade aberta e passará a ter de cumprir determinados requisitos, nomeadamente uma adaptação dos sistemas e processos, uma maior exigência na divulgação de informação financeira, atempada e transparente", destaca o banco, um comunicado divulgado na altura.
A estrutura do BAI é composta por 54 acionistas, dos quais nenhum detém participações qualificadas, destacando-se a Sonangol como principal acionista com 8,50% do capital.
Integram ainda o grupo de acionistas a Oberman Finance Corp (5,00%), Dabas Management Limeted (5,00%), Mário Palhares (5,00%), Theodore Giletti (5,00%), Lobina Anstalt (5,00%), Coromasi Participações Lda. (4,75%), Mário Barber (3,87%), Luís Lélis (3,00%) e "Outros` não identificados, que repartem os restantes 54,88% do capital.
O Programa de Privatizações do executivo angolano prevê a alienação das participações da Sonangol em setores como os seguros e a banca e a saída do BAI chegou a estar prevista para 2020, mas o concurso público não chegou a avançar, realizando-se agora através da Oferta Pública de Venda.
O BAI, maior banco angolano em termos de ativos, tem reconhecidas, desde 2017, ações próprias no valor nominal correspondentes a 5% do capital social.