“Eles não queriam apenas dar um golpe de Estado, queriam matar o Presidente da República, o primeiro-ministro e os ministros”.
Umaro Sissoco Embaló disse ainda que o país está de luto porque “alguns valentes filhos” tombaram “por causa da ambição de duas ou três pessoas, que entendem que o país não tem direito de viver em paz”.
Pelo menos seis pessoas morreram no tiroteio ocorrido no Palácio do Governo, disseram à Lusa fontes militares. O Presidente já tinha indicado que o ataque tinha causado vítimas mortais, mas não disse quantas.
Embaló falou na Presidência da República, em Bissau, depois de uma declaração à imprensa, seguida de perguntas. “Custava-me acreditar que um dia poderíamos chegar a este ponto. Ou que os filhos da Guiné poderiam voltar a perpetrar outro ato de violência. Nem podem imaginar este ato de violência. Preferiria que as pessoas me atacassem pessoalmente”, lamentou.
Embaló agradeceu às forças de segurança do país por terem conseguido “impedir este atentado à democracia”, que classificou como um “ato bem preparado e organizado e que poderá também estar relacionado com pessoas relacionadas com o tráfico de droga”.
O ataque ao palácio do Governo, onde decorria o Conselho de Ministros teve fogo cruzado durante cinco horas, explicou o Presidente. “A Guiné-Bissau não merece isto”, disse Embaló, rejeitando qualquer responsabilidade: “Sou um homem de paz, contra a violência”.