"Embora a África Central tenha registado um crescimento louvável durante três décadas, o bem-estar permanece significativamente inferior ao de todas as outras regiões de África", disse o presidente da RDCongo, o maior e mais populoso país da CEEAC, no final da 20ª sessão ordinária dos chefes de Estado e de Governo da organização de 11 Estados africanos, a que pertencem os lusófonos Angola, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial.
"As taxas globais de pobreza na nossa sub-região ainda se situam em cerca de 43%, ou quase metade da nossa população", acrescentou o chefe de Estado congolês.
Segundo algumas estimativas, insistiu Tshisekedi, "mais de metade dos jovens da nossa região ou estão à procura de trabalho, estão subempregados ou simplesmente inativos".
A conferência de Brazaville discutiu ainda os desafios de segurança na bacia do Lago Chade e no leste da RDCongo, assim como pirataria marítima e o terrorismo.
"Face ao ressurgimento do terrorismo, a conferência insta a Comissão da União Africana a organizar uma sessão sobre o terrorismo a seguir à próxima cimeira da UA", agendada para 4 e 5 de fevereiro em Adis Abeba, acordaram os chefes de Estado e de governo participantes, de acordo com o comunicado final do fórum, lido por Jean-Claude Gakosso, ministro dos Negócios Estrangeiros da República do Congo.
O chefe de Estado do país anfitrião, Denis Sassou Nguesso, presidente cessante da CEEAC, apelou, por seu lado, aos seus pares para que apoiem o processo de transição chadiano.
"Sejam quais forem as nossas dificuldades internas, não podemos permanecer de braços cruzados, enquanto alguns parceiros externos estão já a cumprir as promessas que fizeram ao Chade", afirmou.
Os países membros da CEEAC são Angola, Burundi, Camarões, Chade, República Centro-Africana, RDCongo, República do Congo, Gabão, Guiné Equatorial, Ruanda e São Tomé e Príncipe.