A embaixadora da UE em Angola, Jeannette Seppen, augurou que as próximas eleições gerais em Angola, previstas para a segunda quinzena de agosto próximo, sirvam para reforçar a democracia no país africano.
“Como para todas as eleições, esperamos que seja um momento em que os cidadãos angolanos possam exprimir a sua voz, a sua preferência eleitoral e que vai, mais uma vez, ser uma etapa para Angola avançar na sua democracia”, afirmou hoje a diplomata europeia, em Luanda, quando questionada pela Lusa.
Segundo Jeannete Seppen, o bloco europeu está pronto para acompanhar as eleições em Angola, “mas ainda não sabe” se observadores da UE estarão em Angola, já que “decorrem neste momento conversas com o Governo angolano e com todos os importantes parceiros nesta questão”.
“Para ver como é que vamos avançar neste sentido”, continuou a embaixadora da UE em Angola, no final da cerimónia de lançamento oficial do Projeto de Apoio à Sociedade Civil e à Administração Local em Angola (PASCAL).
Angola realiza na segunda quinzena de agosto deste ano, como estabelece a Constituição revista do país, as quintas eleições gerais na história do país, desde 1992.
Os últimos dois pleitos eleitorais, nomeadamente de 2012 e de 2017, não contaram com observadores da União Europeia.
“A União Europeia está ao dispor de Angola e se o Governo angolano desejar esse acompanhamento estamos ao dispor”, realçou a diplomata.
“Ainda não saiu [a manifestação de interesse] e o convite [de Angola], ainda é um pouco cedo para isso”, respondeu à Lusa.
Seppen disse igualmente que o bloco europeu segue com muito interesse o período pré-eleitoral em Angola, mas “não faz julgamentos” sobre a atual “tensão” sociopolítica porque “é um processo interno angolano”.
“Nós, na nossa parceria observamos o que se passa, não fazemos julgamentos sobre este momento, porque é um processo interno angolano e esperamos que as preparações do ano eleitoral corram bem”, realçou.
“E que os passos que estão a ser feitos continuem e que, no dia das eleições, todos os cidadãos angolanos tenham a possibilidade de exprimir o seu voto”, concluiu a embaixadora da União Europeia em Angola.