Alcides Sakala, deputado da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA, maior partido na oposição), afirmou hoje na Assembleia Nacional (parlamento) que a Ucrânia "está a ser vítima da política hegemonia da Rússia".
“Devemos assim condenar a violência na Ucrânia, venha ela de onde vier”, defendeu o deputado durante a discussão do projeto de resolução que aprova, para a ratificação, o Acordo sobre a Mobilidade entre os Estados-Membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Para o também especialista em relações internacionais, a mobilidade é um fator de “liberdade, de paz, de progresso e de cooperação entre povos”, por essa razão, frisou, “ninguém pode ficar indiferente aos acontecimentos violentos que ocorrem na Ucrânia”.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.