José Eduardo dos Santos foi eleito pelo MPLA, que governa no país desde a independência de Portugal, em 1975.
“(…) Ao longo da sua governação, procurou uma solução negociada para dar fim à guerra que decorria em Angola, o que lhe valeu, quando a paz foi alcançada, o cognome de Arquiteto da Paz”, recordou a força política num comunicado.
De acordo com o MPLA, durante a sua governação “observou-se a passagem de Angola para um regime democrático que, baseando-se na constituição adotada em 1992”, permitindo “o pluralismo político e a economia de mercado”.
“O Bureau Político do MPLA, aproveita o ensejo para apelar a todos os militantes, simpatizantes e amigos do partido a manterem os níveis de disciplina e recolhimento necessários e a não se deixarem levar por aproveitamentos ínvios e despudorados de alguns oportunistas, animados por partidos da oposição, que pretendem colher dividendos neste momento de dor e luto em que todos estamos envolvidos”, lê-se no comunicado.
O partido recordou ainda que o antigo líder de Angola, “durante o seu percurso estudantil (…), fruto do convívio com vários colegas, de diferentes sensibilidades, viu-se motivado a integrar a luta do povo angolano pela sua autodeterminação e independência, tendo vindo a juntar-se ao MPLA em 1958, o que marcou o começo da sua carreira política”.
José Eduardo dos Santos morreu hoje aos 79 anos numa clínica em Barcelona, Espanha, após semanas de internamento, anunciou hoje a presidência angolana, que decretou cinco dias de luto nacional e que posteriormente aumentou para sete.
José Eduardo dos Santos sucedeu a Agostinho Neto como Presidente de Angola em 1979 e deixou o cargo em 2017, cumprindo uma das mais longas presidências no mundo, marcada por acusações de corrupção e nepotismo.
Em 2017, renunciou a recandidatar-se e o atual Presidente, João Lourenço, sucedeu-lhe no cargo.