Através de um “comunicado de guerra”, o braço armado do movimento independentista de Cabinda apelou ao fim destas ações, que atribuiu ao Governo angolano, no território de Cabinda e nas fronteiras da República do Congo e República Democrática do Congo.
O movimento revelou que, na terça-feira, “um pastor e seis civis de Cabinda foram assassinados por soldados das Forças Armadas angolanas na aldeia de Tandou Mboma - eixo Tchiamba-nzassi, na fronteira de Cabinda e Congo Brazzaville (República do Congo).
“Face à política repressiva do Governo angolano em Cabinda, a liderança política da FLEC-FAC, mais uma vez, apela à comunidade internacional para sair do seu silêncio cúmplice”, lê-se no comunicado.
A FLEC-FAC exorta a comunidade internacional a adotar rapidamente medidas relativas à situação em Cabinda.
“Denunciamos a opressão sistémica da população de Cabinda pelo Estado angolano”, prossegue-se na nota, assinada por Gelson Fernandes N'Kasu.
A FLEC mantém há vários anos uma luta pela independência do território, de onde provém grande parte do petróleo angolano, alegando que o enclave era um protetorado português - tal como ficou estabelecido no Tratado de Simulambuco, assinado em 1885 - e não parte integrante do território angolano.
O Governo angolano recusa normalmente reconhecer a existência de soldados mortos resultantes de ações de guerrilha dos independentistas, ou qualquer situação de instabilidade naquela província do norte de Angola, sublinhando sempre a unidade do território.