João Lourenço critica partidos que se fazem passar por defensores dos angolanos mas fazem o contrario

O líder do MPLA, partido no poder em Angola, e presidente angolano criticou hoje os partidos políticos que “procuram fazer-se passar por grandes defensores dos interesses dos angolanos”, mas cujas práticas “demonstram precisamente o contrário”.

João Lourenço discursava hoje na qualidade de presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), na abertura da IV sessão ordinária do Comité Central.

“Com a abertura democrática existente, maior liberdade de imprensa e de expressão, os partidos políticos, sobretudo aqueles que concorrem às eleições, procuram fazer-se passar-se por grandes defensores dos interesses dos angolanos”, disse João Lourenço.

Segundo o líder do MPLA, “alguns deles dizem-no apenas para procurar conquistar a simpatia do povo, mas as suas práticas demonstram precisamente o contrário".

“A verdade nos diz que os mesmos que nunca aceitaram os resultados eleitorais desde as primeiras eleições gerais em Angola, também nunca votaram a favor do Orçamento Geral do Estado há 31 anos consecutivos”, frisou, numa alusão à União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), maior partido da oposição angolana e principal adversário do MPLA, partido no poder em Angola desde 1975 e que teve nas eleições passadas (agosto de 2022) o pior resultado de sempre.

Por outro lado, João Lourenço reconheceu que existem no parlamento partidos políticos, sem citar quais, “que vêm tendo ao longo dos anos uma postura séria, responsável e patriótica”.

O presidente do MPLA sublinhou que foram realizadas eleições gerais há pouco mais de sete meses, “tendo os eleitores conferido nas urnas a vitória por maioria absoluta ao MPLA e ao seu candidato”.

“As eleições foram realizadas num ambiente de festa, de abertura democrática e transparência como já é tradição em Angola, embora os maus perdedores, como vêm fazendo em todas as anteriores eleições desde 1992, mais uma vez contestaram, sem fundamento, os resultados das eleições, o que por outras palavras, significa não respeitar a vontade do povo soberano que dizem defender”, salientou.

De acordo com João Lourenço, o MPLA sempre pugnou pela defesa de facto do bem de Angola e dos angolanos, sendo o grande desafio “o de executar as políticas económicas elaboradas pelo executivo na base do programa de governação do MPLA sufragado nas urnas, que se vêm mostrando acertadas e que garantem o desenvolvimento económico sustentado do país e o bem-estar do povo angolano”.

Na reunião foi debatido o “Impacto das Políticas Públicas na Vida da Juventude”, destacando-se que o executivo tem vindo a aumentar a oferta de postos de trabalho, de habitação, de estabelecimentos de ensino de todos os níveis, de unidades hospitalares de diferentes categorias, de infraestruturas desportivas, da formação técnico-profissional dos jovens com a distribuição gratuita de ‘kits’ e incentivando os jovens a enveredarem também para o empreendedorismo.

“Os concursos públicos que se realizam desde 2019 de admissão de profissionais para a saúde e para a educação estão dirigidos aos angolanos no geral, mas acabam por beneficiar sobretudo os nossos jovens”, vincou.