Numa declaração por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que hoje se assinala, Bureau Político do Comité Central do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder), saúda todos os jornalistas angolanos manifestando desejo de trabalho conjunto para reforços de ações para a liberdade de imprensa.
A força política, no poder em Angola, condena veementemente todas as manifestações que impedem os jornalistas de exercerem o seu trabalho de forma livre, plural e independente, permitindo que os cidadãos formem, de modo diversificado a sua opinião.
O Bureau Político manifesta também a sua “antítese” aos “atos desprezíveis de assassinato de caráter” e outras formas de vilipêndio da honra, bom nome e consideração a instituições e a pessoas, “que em nada abonam o clima de paz, harmonia e reconciliação nacional”.
Angola celebra o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa em meio de queixas e reclamações dos profissionais da classe sobre alegados atos de intimidações, ameaças, assaltos em residências e perseguições pelo exercício da atividade.
Vários jornalistas têm sido alvo de impedimentos para cobertura de atividades públicas, nomeadamente manifestações, como relatou nos últimos meses o Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), que promoveu em dezembro passado uma marcha pela liberdade de imprensa.
Para o MPLA, a comemoração da efeméride deve servir para que, de forma unânime, os angolanos reafirmem o estabelecimento de um ambiente de diálogo aberto e construtivo, conducente à consolidação da paz e ao contínuo aprofundamento da democracia.
O MPLA apela também a toda a sociedade angolana, no sentido de celebrar a data refletindo no aproveitamento e bom uso das tecnologias de informação e comunicação, colocando-as ao serviço da promoção de cidadania e responsabilidade social, bem como no exercício de um jornalismo com conteúdos que promovam o desenvolvimento.
Na declaração, o MPLA reafirma igualmente o seu desejo de ver materializado por parte do executivo angolano a proposta de incentivo ao surgimento de novos meios de comunicação independentes, “que acentuem a concorrência e a pluralidade no espaço informativo nacional”.
Exorta ainda a classe jornalista angolana no sentido de manter-se firme e intransigente na defesa dos seus direitos, bem como a ser rigorosa no respeito dos deveres ético e deontológicos, tendo em conta a importância do seu papel.