"O conselho de administração da DFC aprovou um novo mecanismo de dívida de 250 milhões de dólares (232 milhões de euros) para apoiar a CFA nos seus esforços de desenvolvimento de infraestrutura de alto valor e elevados padrões de qualidade em todo o continente africano, estando ainda pendente de aprovação do Congresso dos EUA", lê-se num comunicado enviado à Lusa.
A instituição financeira acrescenta que serão também emprestados 10 milhões de dólares (quase 9,3 milhões de euros) à Seba Foods, da Zâmbia, "o primeiro investimento em alimentação e agricultura dos EUA no Corredor do Lobito".
O anúncio foi feito no seguimento de um fórum sobre o Corredor do Lobito, esta semana, em Lusaca, a capital da Zâmbia, e que contou com a presença não só do Presidente deste país, situado entre Angola e Moçambique, Hakainde Hichilema, mas também do conselheiro sénior do Presidente norte-americano, Amos Hochstein, e do líder da CFA, Samaila Zubairu.
No fórum participaram ainda mais de 250 líderes empresariais e políticos de Angola, Zâmbia, República Democrática do Congo e União Europeia, segundo o comunicado.
O Fórum do Setor Privado do Corredor do Lobito, no âmbito da Parceria para o Investimento e Infraestruturas Globais (PGI), tem no Corredor do Lobito, que liga Benguela, em Angola, à Zâmbia, através de uma linha ferroviária de 1.200 quilómetros, o primeiro corredor estratégico, e foi lançado pelo Presidente norte-americano na cimeira do G7, no Japão, em maio do ano passado, ao abrigo da iniciativa PGI do G7.
Neste encontro, a Agência de Desenvolvimento dos EUA anunciou um empréstimo para um estudo de viabilidade de uma central solar de 200 megawatts em Solwezi, na Zâmbia, um acordo com a companhia mineira canadiana Ivanhoe para utilização da linha de caminhos de ferro para transporte de energia limpa, e ainda outro acordo para uma refinaria de cobalto em Chingola, na Zâmbia, "com o objetivo de construir a primeira central de produção de cobalto no continente africano para veículos elétricos".
Estes acordos, conclui-se no comunicado, juntam-se aos investimentos de mil milhões de dólares (929 milhões de euros ao cambio atual) que o governo norte-americano já fez em Angola no ano passado, o que mostra "a importância do Corredor do Lobito, uma plataforma logística vital que liga a região aos mercados internacionais e que é a prova de que investimentos estratégicos em infraestruturas podem mobilizar investimento privado de vários setores para promover o desenvolvimento económico transformador da região".