Igrejas cristãs angolanas preocupadas com aumento da violência no país

A secretária-geral do Conselho de Igrejas Cristãs em Angola (CICA) manifestou-se hoje preocupada com o “crescimento do índice de violência” no país, agravado sobretudo pela “falta de energia elétrica” em várias regiões, e com a escassez de água.

Deolinda Dorcas Teka, que falava hoje no final da audiência que lhe foi concedida pelo Presidente angolano, João Lourenço, apontou a falta de água e de energia como “dois grandes fatores que têm contribuído para as consequências que muitos de nós sabemos”.

“Onde daí (a falta de energia) resulta o crescimento do índice de violência e também constitui uma grande preocupação da nossa parte”, disse hoje em declarações aos jornalistas, no Palácio Presidencial à Cidade Alta, em Luanda.

A pastora angolana deu conhecer que também que partilhou com João Lourenço “as grandes dificuldades que os nossos agricultores têm tido no transporte dos seus produtos do campo para a cidade.

A “grande preocupação primeira é escoar os produtos agrícolas dos campos para as grandes cidades e também olharmos no modo de conservação desses produtos, olharmos para os contentores e fábricas que têm esta capacidade de conservar os vegetais”.

“E acredito que, atendendo a essas preocupações, estaremos a ajudar a reduzir este prejuízo que muitos deles têm tido no trabalho e não conseguir transportar os produtos que produzem no campo”, realçou.

Segundo a líder do CICA, a necessidade da formação de pastores, para o ministério pastoral, também reportada ao Presidente angolano, defendendo o reforço da cooperação entre as instituições que “já têm uma certa maturidade e idoneidade de trabalhar com as igrejas”.

Por isso, prosseguiu, “é que estamos aqui a ver de que maneira podemos afinar essa cooperação, sobretudo com os ministérios da Educação e da Cultura, Turismo e Ambiente”.

O Ministério da Educação “deverá necessariamente também fazer parte da nossa cooperação, aliás, já somos parceiros, mas é necessário afinar essa cooperação com este órgão para que tenhamos realmente pessoas formadas com uma certa moral e ética no fazer e no pensar”.