Em declarações à Radio Luanda, Fernando Carvalho, porta-voz do Serviço de Investigação Criminal (SIC) de Luanda adiantou que os assaltantes, que terão tido ajuda de um informante interno, funcionário da empresa de segurança, arrombaram as portas do armazém e roubaram 671 sacos de açúcar de 50 quilos cada, um aparelho de ar condicionado, sete computadores portáteis e 12 telemóveis.
Os seguranças que guardavam o local, já em estado de sonolência depois de terem sido drogados, foram amordaçados e espancados, tendo três deles sido encontrados mortos e um ficou gravemente ferido, permanecendo hospitalizado.
Dois outros seguranças que se encontravam no local já se encontram fora de perigo e um outro vigilante, que pertencia à rede criminosa está foragido, adiantou Fernando Carvalho à agência Lusa.
Na sequência das investigações, as autoridades conseguiram deter já seis dos 11 elementos desta organização criminosa e estão no encalço dos restantes.
Os seis detidos, entre os quais duas mulheres, têm entre 30 e 47 anos e alguns tinham já estado envolvidos em crimes de roubo qualificado e furto.
Foram também apreendidos no decurso desta ação, segundo o responsável do SIC, as armas de fogo usadas no assalto, uma viatura que apoiava os criminosos durante estas ações, um aparelho de ar condicionado, sete televisores e 90 sacos de açúcar.
"O SIC Luanda, no âmbito das suas ações investigativas, continuará a envidar esforços no sentido de combater ações do género e todas as ações delituosas que coloquem em risco a vida humana", sublinhou o mesmo responsável.
Num comunicado hoje divulgado, a Angonabeiro lamentou profundamente a morte dos funcionários da empresa de segurança, apresentando as mais sentidas condolências aos seus familiares, garantindo que lhes vai continuar a dar "todo o apoio necessário", bem como à família do outro trabalhador que continua no hospital.
O assalto aconteceu na madrugada de 15 de maio, mas só hoje foi divulgado pela empresa que quis dar prioridade á investigação e tratou o assunto "com a máxima discrição".
"A Angonabeiro informa que, em conjunto com a empresa de segurança, tem colaborado com as autoridades competentes, para que rapidamente se apurem todas as circunstâncias relacionadas com os atos perpetrados e aguarda a conclusão da investigação, de modo a que todos os responsáveis sejam encontrados, detidos, julgados e exemplarmente punidos, de acordo com a lei vigente", acrescenta, no mesmo comunicado.
A Angonabeiro é a empresa do grupo Nabeiro que, desde o ano 2000, atua no mercado angolano na área do comércio e da indústria.
Além do café, detém um vasto portefólio de marcas próprias e representadas, nas categorias de chá, açúcar, vinhos, leite, azeite, água, massas, bolachas e tostas, azeitonas e tremoços, conservas, entre outros.