Celestino Chitonho foi hoje orador no seminário sobre “Contratação pública, arquitetura e engenharias em prol da consolidação fiscal”, promovido pelo Serviço Nacional da Contratação Pública.
Em Luanda, informou o bastonário, estão 1.465 arquitetos, quando seriam necessários apenas 908 profissionais. “Significa que 557 estão a mais”, referiu, indicando que a província de Benguela tem 40 arquitetos, mas necessita de 275.
O bastonário da OAA destacou que em Angola é comum dizer-se que a corrupção “foi bastante nociva” à economia do país, no entanto, o desperdício também terá sido devido à inexistência da cultura de concursos públicos de arquitetura ou devido a construções sem projetos ou projetos incompletos.
“E desperdiça-se bastante a nível de construção, quando não há projeto, quando há projetos incompletos, não só do ponto de vista público, mas como individualmente”, frisou.
Segundo Celestino Chitonho, o défice acentuado de profissionais verifica-se em todo o país, informando que o Bié tem quatro arquitetos e necessita de 188, o Bengo tem um quando precisa de 50 e Cabinda tem 27 mas necessita de 89.
Já o Cuanza Norte tem 14 e precisa de 55, o Cuanza Sul tem três, mas precisa de 237, o Cunene tem seis e precisa de 127, o Cuando Cubango tem seis e precisa de 96, o Huambo tem oito e precisa de 265 e a Huíla tem nove e necessita de 319, quantificou.
De acordo com Celestino Chitonho, a província da Lunda Sul tem cinco e precisa de 69, a Lunda Norte tem três e precisa de 109, Malanje tem 16 e precisa de 125, o Moxico tem quatro e necessita de 68, o Namibe tem dez e necessita de 65, o Uíje possui nove e precisa de 187, enquanto o Zaire tem quatro, mas necessita de 77.