O Ministério Público de Portugal acusa Álvaro Sobrinho, a respeito da investigação no caso BESA, de ter desviado 15 milhões de euros para a SAD do Sporting. De acordo com o que foi noticiado pelo Observador, que revelou ter tido acesso ao despacho de encerramento do inquérito, o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) acusa o ex-presidente executivo do BES Angola de um total de 33 crimes, a par de Ricardo Salgado (ex-presidente executivo do BES), Amílcar Morais Pires (ex-administrador financeiro do BES), Hélder Bataglia (ex-administrador do BES Angola) e Rui Silveira (ex-administrador do BES), com alguns dos fundos utilizados no emblema leonino.
Recorde-se que Álvaro Sobrinho, um dos acionistas de maior relevo na sociedade leonina, encontra-se sob suspeita de ter investido na SAD do Sporting com dinheiro desviado do BES Angola (BESA), instituição que presidiu entre 2001 e 2012, através da Holdimo, conduzindo a suspeitas de lavagem de dinheiro.
A este respeito, no âmbito da investigação, a Polícia Judiciária chegou a realizar buscas nos escritórios da SAD do Sporting, em novembro de 2020, analisando igualmente o aumento de capital para quase 30% da fatia detida pela Holdimo nos leões. As buscas sobre suspeitas relativas a Sobrinho foram, na altura, justificadas em comunicado pela Direção do Sporting.
"A Sporting Clube de Portugal – Futebol, SAD confirma a realização de buscas por parte da Polícia Judiciária às suas instalações. Em causa um alegado crime de branqueamento de capitais referente ao período de 2011 a 2014. A Sporting Clube de Portugal – Futebol, SAD disponibiliza-se para colaborar com as autoridades para o esclarecimento de todo este processo. Congratulamo-nos ainda com o esforço do Ministério Público e das autoridades competentes em prol da verdade desportiva e da transparência, contribuindo para a dignificação do futebol português, neste e noutros processos", foi explicado.