Segundo um balanço apresentado na última sexta-feira pelo governo, desde agosto do ano passado as chuvas causaram a morte a mais de 300 pessoas e deixaram 66 mil pessoas desalojadas.
Em Luanda terão morrido desde a semana passada dez pessoas em consequência das chuvas torrenciais.
Num comunicado, o grupo parlamentar da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), manifestou-se “profundamente tocado pela dramática situação” e exprimiu a sua solidariedade para com as famílias das vítimas desta calamidade natural, endereçando sentimentos de pesar pelas mortes.
Os deputados da UNITA também pedem ao executivo que se empenhe “em encontrar soluções duradouras para o problema da drenagem das águas pluviais em Luanda e noutras cidades e vilas de Angola”, ouvindo sugestões de especialistas, ambientalistas, académicos, universidades, autoridades tradicionais e outros atores sociais, que possam ajudar a desenhar as medidas e soluções adequadas para se mitigar os danos resultantes dos cíclicos fenómenos naturais.
Aponta ainda a necessidade de o Estado tomar “decisões estruturantes como a institucionalização efetiva das autarquias locais” e pede que sejam assumidas as responsabilidades políticas “e não atitudes facilitistas que reduzem a exclusividade das causas à indisciplina dos cidadãos por terem construído em zonas de risco que a Administração do Estado permitiu”.
A UNITA sublinha que “o Estado tem a obrigação constitucional e legal” de assegurar o planeamento urbano e o ordenamento do território, bem como a defesa da vida e da dignidade humana e a segurança das pessoas, famílias e empresas.
“Por isso, o Executivo não pode fugir da responsabilidade de definir a orientação geral das políticas públicas, sua execução, avaliação e responsabilização”, conclui o grupo parlamentar do maior partido da oposição angolana.