“Lutamos para que todos os nossos guerreiros taxistas de Cabinda ao Cunene fossem salvaguardados e essa medida foi aceite e aprovada e doravante vamos continuar a trabalhar e fazer com que os cartões sejam abrangidos a todos os taxistas do país”, disse o presidente da Associação dos Taxistas de Angola (ATA), Rafael Inácio.
Em declarações, no final da conferência de imprensa onde o Governo anunciou a retirada gradual dos subsídios à gasolina, o presidente da ATA prometeu sensibilizar os seus associados de modo a não avançarem com a especulação da corrida.
O Governo angolano anunciou a retirada gradual de subsídios à gasolina, que vai passar dos atuais 160 kwanzas para 300 kwanzas/litro (0,25 euros para 0,48 euros), mantendo a subvenção ao setor agrícola e à pesca.
De acordo com o ministro de Estado para a Coordenação Económica de Angola, Manuel Nunes Júnior, as tarifas dos taxistas e mototaxistas vão ser subvencionadas, continuando os mesmos a pagar 160 kwanzas o litro de gasolina, cobrindo o Estado a diferença.
A medida entre em vigor à 01:00 locais (mesma hora de Lisboa) de sexta-feira.
O secretário de Estado para os Transportes Terrestres, Jorge Bengue, fez saber, na ocasião, que os taxistas e mototaxistas vão beneficiar de cartões personalizados para o abastecimento das suas viaturas, por gozarem da subvenção estatal.
Francisco Paciente, presidente da Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA), saudou igualmente a decisão do governo, sobre a manutenção dos preços dos combustíveis para esta classe.
“Estamos de parabéns pelo facto de o governo ter aceitado esta proposta, agora o que vamos fazer é continuar a trabalhar, a partir de hoje, para garantir a operacionalidade desses cartões e evitar constrangimentos com os nossos associados”, assegurou.
O presidente da Amotrang - Associação dos Mototaxitas e Transportadores de Angola -, Bento Rafael, prometeu também sensibilizar os motoqueiros sobre necessidade da não alteração do preço da corrida, ante a manutenção da subvenção do combustível.
“Agradecemos ao executivo por essa proteção, como associação vamos ter que trabalhar na sensibilização e também na pressão ao motoqueiro para não se precipitar em subir o preço da corrida dos nossos transportados, acho que para nós não haverá muitos problemas”, rematou.
Nunes Júnior disse ainda que a subvenção aos derivados de petróleo tem criado grandes problemas não só à Sonangol, petrolífera estatal, mas também às finanças públicas.
Em 2022, a subvenção aos preços dos combustíveis ascendeu a cerca de 1,98 biliões de kwanzas, o correspondente ao câmbio atual a 3,8 mil milhões de dólares (3,5 mil milhões de euros).