“Não se trata de um problema técnico, mas sim de logística de abastecimento das caixas automáticos pelos bancos, normal em períodos de muita procura”, disse à Lusa Marco Rocha, do gabinete de Comunicação e Imagem da Emis.
A província de Luanda tem registado, nos últimos dias, enormes enchentes e longas filas nas caixas automáticas, vulgarmente conhecidas como multicaixas, espalhados em vários municípios e distritos.
Segundo Marco Rocha, os clientes bancários têm recorrido em massa às multicaixas, sobretudo no “período de pagamento de salários da função pública para efetuarem, principalmente, operações de levantamento de numerário”.
“Esse comportamento já é quase uma característica e as últimas enchentes não fugiram à regra”, realçou o responsável, referindo que o processo de alargamento ou diminuição desses serviços, instalados nas agências bancárias, é da responsabilidade dos bancos.
Considerou também que a Emis está na vanguarda do processo de massificação de pagamentos eletrónicos como alternativas à utilização do dinheiro físico, “soluções por vezes não sentidas convenientemente fruto da pouca literacia financeira da população”.
“Se considerarmos esse desafio como um processo, creio que estamos alinhados que o caminho foi iniciado e está em curso a bom ritmo para almejarmos bons resultados num futuro próximo”, rematou Marco Rocha.
A Emis é uma empresa que gere a Rede Multicaixa e a Câmara de Compensação Automatizada de Angola, compreendendo os sistemas de gestão de cartões de pagamento, de transferências de crédito, de compensação de cheques, de débitos diretos e de transferências instantâneas.
A empresa tem como acionistas 22 bancos comerciais e um capital social de 4,059 mil milhões de kwanzas (4,5 milhões de euros).