Segundo o diretor nacional de Identificação, Registos e Notariado do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos de Angola, Carlos Cavuquila, os processos fraudulentos intercetados no ano passado foram sobretudo de cidadãos da África Central e Ocidental.
“Claro que alguns fogem, há muita apetência de estrangeiros a quererem, fraudulentamente, ter acesso à documentação oficial angolana para daí catapultarem-se para outros países onde Angola é respeitada”, afirmou hoje o responsável à Rádio Nacional de Angola.
Carlos Cavuquila, que falava por ocasião do Dia do Identificador Angolano, que hoje se assinala, fez saber também que o órgão ministerial “ganhou uma distinção internacional” pelo trabalho que desenvolve sobre a massificação e atribuição do bilhete de identidade aos cidadãos nacionais.
Angola, desde 05 de janeiro de 1976 até a presente data, contabiliza 12,2 milhões de cidadãos ativos na base de dados com o bilhete de identidade funcional num universo de 17,5 milhões de processos que tramitaram no sistema, sublinhou.
“No nosso caso, a organização entendeu que Angola estava a dar passos significativos na direção da identificação para todos e, deste modo, indicou o Ministério da Justiça como embaixador para a identidade em África na perspetiva de fazermos advocacia junto do nosso Governo e de outras instituições”, explicou o responsável.
Apesar de ações desenvolvidas pelas autoridades, vários cidadãos, em Luanda e no interior de Angola, ainda se queixam de dificuldades e alegada burocracia no processo de emissão do bilhete de identidade.
Angola conta com 310 postos de emissão do bilhete de identidade, nomeadamente 284 espalhados nas 18 províncias do país e 26 na diáspora.