Segundo um edital do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação angolano, a que a Lusa teve hoje acesso, as candidaturas apenas para licenciados/mestres angolanos com “elevado desempenho e mérito académico” decorrem até 31 de março de 2022.
As bolsas de estudo disponíveis por níveis de ensino para o ano de 2022 são nas especialidades médicas e mestrado, para candidatos com até 30 anos, e doutoramento, para candidatos com até 35 anos.
Para o acesso às 300 bolsas de estudo, as candidaturas, refere-se na nota, serão feitas exclusivamente no sítio oficial do Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudos (Inagbe) no endereço candidatura.inagbeangola.com.
Ter licenciatura, para o curso de mestrado, licenciatura em medicina, para especialidades médicas, ter o mestrado ou concluído a licenciatura para o curso de doutoramento e ter média final do curso igual ou superior a 16 valores são outros dos requisitos.
Os candidatos devem ser enviados para universidades de 27 países, entre quais a África do Sul, Argentina, Alemanha, Bélgica, Brasil, Coreia do Sul, Dinamarca, Espanha, EUA, Japão, Polónia, Portugal, Reino Unido, Singapura, Ucrânia e outros.
O ministério sublinha que o processo de seleção decorrerá em Angola e será assegurado por um júri nacional, sendo constituído por sete fases consecutivas e eliminatórias.
Candidatura, análise documental, testes de conhecimento, entrevista centrada nas competências, entrevista final, exames médicos e seleção pela instituição do ensino superior estrangeiras são as referidas fases.
O compromisso de regressar ao país após o fim da formação pós-graduada e de trabalhar por um período mínimo de cinco anos em qualquer organismo da administração pública ou privada do Estado, após a conclusão da formação neste programa, são alguns dos critérios de seleção.
O edital, assinado pela titular do ministério, Maria do Rosário Sambo, assinala que o programa de execução anual “suportará os custos com o subsídio de bolsa, propinas, passagens aéreas de e para Angola, subsídio para a investigação e participação em eventos científicos”.
O Programa de Envio Anual de 300 licenciados/mestres angolanos para diferentes universidades do mundo foi aprovado pelo decreto presidencial n.º 67/19 de 22 de fevereiro.