Nestor Goubel disse, em declarações à agência Lusa, que a situação está controlada e a circulação rodoviária, que se encontrava impedida naquela zona, já foi retomada.
“O trânsito já se faz com toda a normalidade. Nesta altura estão 17 indivíduos detidos, inclusive o autor moral, que era o cabecilha que estava a instigar, a fomentar ali as pessoas para que impedissem a retoma dos táxis”, referiu.
De acordo com Nestor Goubel, como saldo negativo desta ação há a registar a queima de um autocarro e a vandalização do Comité do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder.
“Fizeram atos de arruaça, barricada, intimidaram os transeuntes, depois começaram a jogar combustível e a intimidar alguns jornalistas, e em função disso procedemos à detenção desses indivíduos, que vão ser presentes ao Ministério Público”, referiu.
O porta-voz da Polícia de Luanda frisou que a situação durou mais de duas horas e meia, salientando que foram registadas também algumas ocorrências "não muito consideráveis” em outras zonas de Luanda.
“Na Avenida Pedro de Castro Van-Dúnem “Loy”, ali junto ao quintalão do Petro, tivemos também em Viana, na zona da Robaldina, junto à ponte partida, mas sem grande realce”, indicou.
Estradas cortadas, enchentes nas paragens e atos de vandalismo e destruição marcaram esta manhã as primeiras horas da paralisação dos taxistas, convocada por três associações, na cidade de Luanda.
A greve foi convocada pela Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA) Associação dos Taxistas de Angola e Associação dos Taxistas de Luanda e estende-se a nove províncias do país.
Os taxistas queixam-se do excesso de zelo dos agentes policiais de que são alvo e do mau estado das estradas e exigem profissionalização da atividade e formalização do anúncio do regresso à lotação a 100% dos transportes coletivos, feito na sexta-feira passada pelo ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado.