O balanço inicial da polícia apontava a detenção de 17 jovens suspeitos de atos de vandalismo e arruaça, que incluíram queima de pneus e barricadas em estradas, um autocarro e um edifício do MPLA (partido no poder) incendiados, circulação cortada em algumas vias, ameaças e tentativas de linchamento de jornalistas.
O julgamento sumário vai decorrer na 6ª secção do tribunal provincial de Luanda, mais conhecido como “D. Ana Joaquina”.
Estradas cortadas, enchentes nas paragens, distúrbios e revolta de populares marcaram na manhã de segunda-feira as primeiras horas da paralisação dos taxistas, convocada por três associações, na cidade de Luanda.
A greve foi convocada pela Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA), Associação dos Taxistas de Angola e Associação dos Taxistas de Luanda, que repudiaram e se demarcaram dos atos de vandalismo.
Na segunda-feira, o secretário provincial do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) em Luanda, Bento Bento, sugeriu que elementos da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), o principal partido da oposição, estariam ligados ao vandalismo, o que a UNITA desmentiu, recomendando antes ao governo que “resolva os problemas do povo”.
Ambos os partidos, que vão disputar este ano eleições gerais, condenaram veementemente os incidentes.