Em declarações à Lusa, Laurindo Sahana revelou que o julgamento teve início na terça-feira e que os réus estavam distribuídos por duas secções do Tribunal Provincial de Luanda (“D. Ana Joaquina”), a 6.ª e a 7.ª, num total de 33 taxistas.
Outros detidos serão presentes a julgamento na comarca de Belas, mas encontram-se ainda distribuídos por várias esquadras, segundo informações recolhidas pelo advogado junto dos líderes das associações de táxis que convocaram a paralisação de segunda-feira.
Os arguidos são acusados de crimes de vandalismo sobre bens públicos e privados, mas 11 foram já libertados por insuficiência de provas.
“Ontem, 11 pessoas foram colocadas em liberdade por insuficiência de provas já que para que este crime seja provado e os seus autores responsabilizados é preciso demonstrar qual o meio usado para o cometimento do crime. Uma vez que não foram apanhados em flagrante e foram recolhidos na via pública, não se conseguiu provar se participaram, ou não, neste atos”, adiantou Laurindo Sahana.
Na segunda-feira a greve ficou marcada por atos de vandalismo e distúrbios em vários pontos da cidade, com destaque para o distrito urbano de Benfica, onde um grupo de populares destruiu e queimou um edifício do comité de ação do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e um autocarro do Ministério da Saúde
O tribunal prossegue durante a tarde com a audição dos restantes réus e o julgamento poderá terminar ainda hoje, admitiu o advogado.
No balanço inicial de segunda-feira, a polícia angolana anunciou a detenção de 17 pessoas, mas não voltou a atualizar os números desde essa data.
Os líderes das associações de taxistas queixaram-se de estar a ser perseguidos e denunciaram detenções arbitrárias, estimando que cerca de uma centena dos seus associados tenham sido detidos.