"A economia petrolífera deve registar ligeiro crescimento, resultado de aumentos na produção, particularmente no Bloco 18 (Platina), Bloco 15/06 (Cuica e Ndungu) e Bloco 17 (Zinia Fase 2 e Clov Fase 2), e em resultado destes aumentos, combinado com resultados da expansão da refinaria de Luanda (cuja primeira fase estará operacional em meados deste ano), esperamos um crescimento do PIB petrolífero entre 1,6 e 2,1%, o primeiro ano de aumento desde 2015", escreve o BFA.
Numa nota de análise aos números da economia angolana, a que a Lusa teve acesso, os analistas escrevem também: "no total da economia, esperamos uma subida do PIB entre os 5,2 e os 5,7%, o que configuraria o ritmo de crescimento mais elevado desde 2012, quando a economia expandiu 8,5%".
O BFA prevê que a economia de Angola tenha crescido entre 3,3 e 3,8% no primeiro trimestre deste ano face ao período homólogo de 2021, o que, juntamente com a previsão de um aumento dos investimentos, do consumo público e do investimento privado, justifica a revisão em alta da previsão de expansão económica para o conjunto do ano.
"A economia voltou a crescer em 2021, depois de 5 anos de recessão – o crescimento foi suportado, sobretudo, pela recuperação da atividade não petrolífera que havia cessado em 2020", mas, acrescentam, "o aumento ligeiro da atividade (+0,7%) foi ainda bastante penalizado pelo muitíssimo significativo decréscimo da economia petrolífera".
Para a economia petrolífera, o BFA espera uma inversão da tendência de crescimento negativo dos últimos anos: "Devido a novas fontes de produção em vários blocos petrolíferos, o PIB petrolífero poderá crescer pela primeira vez desde 2015".