O consulado-geral de Portugal em Luanda tem detetado múltiplos processos instruídos com documentação fraudulenta e adulterada, nos últimos meses, através de “intermediários”, avisando que este procedimento leva a atrasos, indeferimento de visto e responsabilização criminal.
O órgão consular da República Portuguesa em Luanda refere, num comunicado, que a junção de documentos falsos “poderá conduzir à responsabilização criminal do requerente de visto”, titular dos processos apresentados em seu nome.
Segundo o consulado, na maioria destes casos os requerentes de visto terão recorrido aos serviços prestados por “agentes/intermediários”, recomendando, por isso, a não utilização deste mecanismo no processo de agendamento e instrução de pedidos de visto.
A nota recorda igualmente que o processo de agendamento para pedidos de visto é feito através da plataforma da VFS Global (órgão gestor do Centro de Solicitação de Vistos) à qual “qualquer cidadão pode aceder livremente e sem restrições”.
O consulado-geral de Portugal em Luanda adverte ainda os cidadãos que, caso recorram a uma agência de viagens devidamente certificada e credenciada, devem assegurar-se que o agendamento obtido é fidedigno e que corresponda ao seu grupo familiar. A Embaixada de Portugal também reforçou o alerta, através da sua página oficial na rede social Facebook, apontando a ação de agentes intermediários que prometem a agilização de vagas para a submissão de pedidos de visto ou mesmo a compra de visto.
A embaixada recorda mesmo que a única forma legal de obter um visto é através dos consulados-gerais de Portugal em Angola e do prestador de serviços VFS. Dezenas de cidadãos em Luanda continuam a acorrer ao consulado português em busca de um visto para Portugal, que consideram uma porta de entrada na Europa, em busca de emprego, estudos, turismo ou melhores condições de vida.