A ministra dos Negócios Estrangeiros e dos Senegaleses no Exterior, Aissata Tall Sall, disse hoje, em Luanda, que o seu país vai reforçar as relações empresariais com Angola e estabelecer cooperação nos domínios do comércio e da indústria.
Aissata Tall Sall, que se encontra em Luanda (capital) desde quinta-feira, disse, no final de uma visita à Zona Económica Especial Luanda/Bengo (ZEE-LB), que ao regressar ao seu país levará de Angola uma mensagem de sentido de cooperação nos domínios da indústria e comércio.
A responsável considerou, por outro lado, as relações inter-comerciais entre os países africanos frágeis, factor que na sua óptica impede a industrialização e desenvolvimento do continente africano.
Disse ser curioso, o facto de apenas 13% dos países africanos terem importação entre si, mesmo África sendo rica em matéria-prima, com muito potencial e com um vasto mercado consumidor. “ Precisamos alterar este quadro triste”, sublinhou a diplomata senegalesa.
Falando a jornalistas, no final da jornada, referiu que a criação dos pólos industriais, das zonas francas bem como a Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA) vêem impulsionar o desenvolvimento do continente.
Para si, o grande objectivo dos países africanos deve passar pelo desenvolvimento, para que nos próximos anos África seja capaz de auto-sustentar-se.
Neste sentido, argumenta a diplomata senegalesa, é fundamental a criação dessas zonas económicas por parte de todos os países e a sua consequente integração regional e continental.
No seu entender, deve-se impulsionar projectos industriais como o da ZEE-LB, com toda sua infra-estrutura de suporte, porque figura-se como factor de crescimento e desenvolvimento de qualquer país - argumentou.
“ Estou impressionada com a super estrutura funcional da ZEE, e vou levar a ideia do Guiché de Apoio ao Investidor para o Executivo do Senegal, pois lá não temos uma figura semente. É fundamental a troca de experiencias”, reconheceu a ministra senegalesa.
Referiu que Senegal iniciou a criação de zonas económicas nos finais dos anos 80, com zonas francas e hoje as coisas estão bem encaminhadas para o desenvolvimento da indústria e da economia do seu país.
Na ocasião, o presidente do Conselho de Administração da ZEE-LB, António Henriques da Silva, realçou o foco da instituição que dirige, que passa por captar o maior número de investimentos e empoderá-la cada vez mais e, consequentemente, a economia nacional.
“ A ideia é fazer da ZEE o melhor enquadramento na Zona de Comércio Livre Continental Africana, com uma integração activa, manifestando o interesse de Angola em participar nas oportunidades que se criam nesta plataforma, atraindo investimento e promovendo o nosso empresariado”, salientou.
Sobre a visita, o gestor da ZEE-LB, disse que a dirigente senegalesa prometeu que em breve haverá acções concretas com o empresariado do seu país.