Francisco Furtado, que discursava durante a cerimónia de posse desta nova equipa, destacou que o órgão esteve a funcionar cerca de sete meses com um terço da sua composição na chefia, depois da exoneração de nove altos responsáveis do órgão, por suspeita de má gestão e desvio de fundos.
“Foram momentos frenéticos, de muito trabalho e empenho, pelo que expresso aqui a minha gratidão a esta grande equipa, aos quais se juntam os novos generais, almirantes, chefes e responsáveis”, frisou.
O governante angolano considerou a nova equipa vencedora, “cujo mérito da ação teve como timoneiro principal o Presidente da República e Comandante em Chefe das Forças Armadas Angolanas, que, num momento tão conturbado, soube colocar e travar a fúria da maré em que caminhava”.
Francisco Furtado sublinhou a tarefa que lhe foi dada, em junho do ano passado, aquando do seu empossamento como o novo chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, nomeadamente “restituir a missão real da grande instituição dos órgãos auxiliares do Presidente da República, maculada pelos escândalos do denominado processo major Lussaty”.
“Numa mera observação calculista, foram exonerados nove altos responsáveis da Casa de Segurança e a 31 de janeiro deste ano foram nomeados igual número, numa perspetiva diferente, que julgamos acertada para o atual contexto”, sublinhou.
O ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República frisou que este órgão tem como tarefas além da organização, no quadro da segurança nacional, apoiar ações humanitárias, como o combate à prevenção da pandemia da covid-19 ou a seca que assola a região sul do país.
“Pois muitos de nós teremos de estar nestes atos de forma permanente, sem nos descartarmos de outras responsabilidades, mas também não deixar para outra altura algumas ações consideradas fundamentais na atual conjuntura nacional e internacional”, disse.
Em maio do ano passado, o Presidente angolano, João Lourenço, depois de exonerar o grupo de oficiais afetos ao órgão, envolvidos num crime de peculato e associação criminosa, envolvendo milhões de dólares, afastou uma semana depois, o na altura chefe da Casa de Segurança e ministro de Estado, Pedro Sebastião.