O comunicado da Indra, enviado hoje à agência Lusa, surge depois de a Comissão Nacional Eleitoral de Angola (CNE) confirmar que a empresa foi escolhida, através de concurso público, para fornecer a solução tecnológica que engloba a contagem provisória e a contagem final de todos os votos registados nas eleições gerais.
Na altura, o porta-voz da CNE, Lucas Quilundo, disse aos jornalistas que o afastamento da outra empresa concorrente, SmartMatic, se deveu ao incumprimento das regras do concurso e descartou que a escolha da Indra comprometa a “lisura” do processo eleitoral, apesar da oposição angolana contestar a opção por alegações de fraude.
A Indra refere no comunicado que a sua solução tecnológica “garante o cumprimento dos requisitos de transparência e de segurança exigidos por lei, o que implica a redundância dos sistemas de computação, transmissão, processamento e divulgação de resultados”.
A empresa espanhola, que já organizou mais de 400 processos eleitorais nacionais e internacionais, com mais de quatro mil milhões de eleitores envolvidos, será também responsável pela aquisição, transporte e entrega de todo o material necessário para a realização destas eleições gerais.
A Indra esteve já envolvida na realização de eleições no Reino Unido, Noruega, França, Espanha, Portugal, Argentina, Chile e Colômbia, bem como nas eleições gerais de 2008, 2012 e 2017 em Angola.