João Lourenço, que falava na cerimónia de lançamento da pré-campanha do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder desde a independência do país, em 1975, frisou que as políticas governamentais têm conseguido promover um bom ambiente de negócio para o país, reconhecido internacionalmente por organizações credoras, nomeadamente o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM), bem como por agência com a responsabilidade de avaliar o estado das economias dos países.
“Essas agências que têm essa responsabilidade e que não são amigas de ninguém, quando dizem que a economia A ou a economia B vai bem, não é porque são amigos desse país, não é porque foram corrompidos, porque eles não aceitam ser corrompidos, são imparciais, são sérios, fazem o seu trabalho e anunciam os resultados”, disse.
O presidente do MPLA afirmou que a tarefa de criação de bom ambiente de negócios é antiga, “só que não se fazia”, mas o Governo que lidera está a “conseguir de facto dar passos importantes na diversificação da economia”.
“A nossa economia começa a diversificar-se, a dependência da nossa economia das receitas de petróleo começa a reduzir-se gradualmente. Há dias foi anunciado que a nossa economia cresceu 0,7% o ano passado, mas esse crescimento deveu-se sobretudo graças ao crescimento daquela parte da economia que não tem nada a ver com o petróleo nem com o gás, não tem nada a ver com a [petrolífera estatal] Sonangol”, referiu.
Segundo o líder do MPLA e Presidente angolano, a economia cresceu nos setores da agricultura, pescas, turismo, indústria extrativa, indústria transformadora, rochas ornamentais.
“Sobretudo com destaque para a agricultura, foi a principal responsável do crescimento global da economia angolana em 0,7% em 2021”, sublinhou.
“Portanto, estamos no bom caminho, por tudo isso que acabo de vos dizer, significa dizer que o executivo suportado pelo MPLA está com boas políticas de defesa da economia e consequentemente de defesa do cidadão”, acrescentou.
João Lourenço afirmou que o mandato de cinco anos que termina foi difícil, com “grandes desafios por enfrentar”, marcado pela pandemia de covid-19, que na prática consumiu dois anos, deixando o país “quase parado” no período de confinamento, em que as pessoas não podiam sair de casa nem podiam ir trabalhar.
“Felizmente, encontrámos energias. Quando digo encontrámos não digo que eu encontrei, não! Encontrámos, estou a falar no plural e muito bem, todos nós juntos, governantes e governados, tivemos a sabedoria de encontrar as melhores soluções para ultrapassarmos esses mesmos desafios”, salientou.
Angola deverá realizar eleições em agosto.