Na nota hoje divulgada, o BD confirmou que “em função dos entendimentos com outras forças políticas nacionais para a alternância do poder, o Bloco Democrático não vai concorrer com sigla própria, nem coligada”, nas eleições gerais e deixará de ser formalmente um partido com assento parlamentar.
E acrescentou que “num tremendo esforço patriótico de concentração de votos para a alternância”, alguns membros do partido integrarão a lista da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), que resultou do espírito da Frente Patriótica Unida (FPU).
“Nesse sentido da conjugação patriótica de esforços, os 12 membros do Bloco Democrático que integram as listas da UNITA, encabeçados pelo seu vice-presidente, Dr. Justino Pinto de Andrade, suspenderam, em conformidade com a lei, a sua militância no partido”, informaram.
O nome de Justino Pinto de Andrade surge em quarto lugar na lista da UNITA, que é encabeçada pelo presidente do partido do “Galo Negro” Adalberto da Costa Júnior, seguindo-se o ex-dirigente que saiu para formar a coligação CASA-CE, Abel Chivukuvuku, e Arlete Chimbinda, atual vice-presidente da UNITA e deputada.
O comunicado referiu que o presidente do partido, Filomeno Vieira Lopes, não faz parte da lista, como o próprio tinha avançado anteriormente à Lusa, tal como o secretário-geral do BD, Muata Sebastião, a fim de assegurar o “contínuo funcionamento normal das estruturas”.
Em consequência deste formato de participação na lista da UNITA, o Bloco Democrático, na próxima legislatura, deixará de ser formalmente um partido com assento parlamentar, revelou o documento
“Contudo, os deputados independentes, indicados pelo BD, saberão, trabalhando com os cidadãos, manter a linha do partido expressa nos acordos para a reforma do Estado, da alteração da Constituição e das leis antidemocráticas e da defesa sagrada das causas e lutas sociais”, acrescentou o partido.
O Bloco Democrático salientou que a “alternância política é o caminho para as reais mudanças que se esperam” para o país, “sendo o espírito que move a plataforma FPU” e exortou todas as forças envolvidas, incluindo a sociedade civil, que “entendam com integridade a profundidade do interesse nacional em jogo nestas eleições de 2022”.