“Chamamos atenção aos partidos e coligações de partidos concorrentes que deverão fazer cumprir a constituição e a lei e o código de conduta no que diz respeito à forma de comunicação evitando levar os eleitores para momentos extremos”, afirmou hoje Manuel Pereira da Silva.
O presidente da CNE, que falava hoje na abertura de um workshop sobre cobertura eleitoral, dirigido à jornalistas de órgãos nacionais e estrangeiros, pediu também aos eleitores a “não permanecerem” as assembleias de voto após exercerem o seu direito.
"Apelamos a todos os eleitores que após procederem a sua votação devem imediatamente regressar à sua residência, porque se assim não fazermos estaríamos a contrariar uma norma da lei eleitoral”, frisou.
Manuel Pereira da Silva pediu aos jornalistas a reforçarem a educação cívica eleitoral junto dos cidadãos, reiterando que o eleitor “não necessita de permanecer na assembleia depois da votação”.
“O eleitor após a votação tem mesmo de regressar à casa e aguardar os resultados descansadamente”, salientou.
O líder da CNE assegurou também que os resultados eleitorais serão produzidos por um órgão que tem como missão “organizar, coordenar, conduzir”, e mais do que isso, realçou, realizar o processo eleitoral de “forma isenta, transparente” e, por tropeço de comunicação, disse igualmente “sem lisura”.
Para as eleições gerais de 24 de agosto, estarão espalhadas nas 18 províncias angolanas 3.212 assembleias de voto e mais de 26 mil mesas de voto.
Estabelecer com precisão e exatidão o espaço de intervenção dos órgãos de comunicação social no processo eleitoral é o principal objetivo deste workshop, que decorre até quinta-feira, em Luanda.
Garantir maior e melhor domínio dos conteúdos e conceitos em matéria eleitoral e estabelecer um relacionamento de parceria com os diferentes órgãos de comunicação social estão entre os objetivos específicos do encontro.
A CNE e seus órgãos, os órgãos de comunicação social, o papel da comunicação social nas diferentes fases do processo eleitoral, a comunicação institucional, a campanha de educação cívica eleitoral e a Lei de Observação Eleitoral constituem os conteúdos temáticos deste workshop.
As quintas eleições gerais da história política de Angola estão agendadas para 24 de agosto e oito forças políticas, já em campanha eleitoral, concorrem para o pleito.