“Estamos a receber queixas de Lisboa e do Porto a dizer que só chegaram duas credenciais“, disse David Horácio Junjuvili, sublinhando que a capital portuguesa é precisamente o local onde vão votar mais angolanos residentes no exterior.
Mais de 14 milhões de angolanos vão escolher, na quarta-feira, um novo presidente da República e representantes na Assembleia Nacional, em eleições gerais que contam, pela primeira vez, com o voto dos cidadãos na diáspora.
“(Em Lisboa) temos 15 delegados de lista e dizem que só receberam duas credenciais e no Porto temos quatro e não nos deram qualquer indicação se chegaram as credencias”, afirmou o responsável da UNITA.
“Não se pode compreender isto, por que a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) era obrigada a enviar atempadamente todas as credenciais para o exterior”, criticou.
O mandatário da UNITA referiu também que só hoje foram entregues as credenciais para os delegados do partido em cinco países africanos (Republica Democrática do Congo, Congo, África do Sul, Namíbia e Zâmbia ) tendo sido pedido à CNE que sejam entregues por via digital, um pedido que, acredita, será deferido e poderá ser também uma solução para Portugal
Segundo Horácio Junjuvili, as credenciais foram enviadas tardiamente por que a UNITA teve de substituir alguns delegados depois da CNE detetar desconformidades, nomeadamente falta de inscrição no registo eleitoral dessas circunscrições.
A UNITA apresentou também à CNE um pedido de escusa de membros do executivo de Cabinda da presidência das assembleias de voto.
Na carta endereçada ao plenário da CNE, o mandatário da campanha alerta para o facto de estarem como presidente das assembleias de voto, um vice governador provincial, secretários provinciais e outros destacados membros do governo provincial de Cabinda, ativistas com relevante notoriedade na campanha e membros de topo do MPLA local, pedindo que sejam expurgados do rol de cidadãos contratados pela CNE.
Concorrem às eleições oito formações políticas, tendo sido inscritos mais de 200 mil delegados de lista, a nível nacional e no estrangeiro, que acompanham e fiscalizam a votação e apuramento dos resultados eleitorais.