UNITA não reconhece resultados eleitorais e diz que mobilização de tropas visa reprimir protestos

Na ante-véspera da tomada de posse do Presidente da República, a ter lugar em Luanda, aos 15 de setembro, a UNITA leva ao conhecimento da opinião pública nacional e internacional que não reconhece os resultados definitivos.

De acordo com a nota de imprensa Gazeta Uigense, esta terça-feira, a UNITA reitera o não reconhecimento dos resultados eleitorais anunciados pela CNE e legalizados pelo Tribunal Constitucional, por serem contrários a vontade expressa pela maioria dos eleitores nas urnas, no dia 24 de Agosto de 2022.

Oportunamente, o principal partido da oposição angolana denuncia a denegação do direito à justiça pelo Tribunal Constitucional, ao rejeitar o Pedido de Aclaração do Acórdão 769/2022.

Relativamente aos preparativos para a investidura do presidente da República de Angola, a UNITA apela ao bom senso das forças de Defesa e Segurança desdobradas em todo o país e equipadas com material bélico pesado, a se absterem do uso da força contra os cidadãos.

"A UNITA entende que tal quadro, visa intimidar o cidadão que pretende manifestar-se contra os resultados eleitorais, no dia de tomada de posse, de um Presidente sem legitimidade", conforme se lê na nota.

Refira-se que, a CNE divulgou a acta de apuramento final das eleições gerais de 24 de Agosto, que declarou o MPLA e João Lourenço, como vencedores com 51,17% dos votos, seguido da UNITA/FPU de Adalberto Costa Júnior e pares, com 43,95%.

Diante dos resultados, energicamente contestados pelos partidos da oposição e sociedades em geral, o MPLA elegeu 124 deputados e a UNITA 90, ao passo que, a FNLA, o PRS e o PHA obtiveram dois assentos parlamentares cada.

Entretanto, a CASA-CE, a APN e o P-Njango não conquistaram qualquer assento na Assembleia Nacional, composta por 220 deputados.