A cimeira da SADC "aprovou o envio de forças" para "apoiar a RDCongo no restabelecimento da paz e da segurança no leste do país", declarou a organização num comunicado lido após um dia de trabalhos.
Aberta pelo Presidente da Namíbia, Hage Geingob, a cimeira contou com a presença dos chefes de Estado da África do Sul, Cyril Ramaphosa, da RDCongo, Felix Tshisekedi, e da Tanzânia, Samia Suluhu Hassan.
Angola, Malaui e Zâmbia estiveram representados por ministros.
"A cimeira registou com grande preocupação a instabilidade e a deterioração da situação no leste da RDCongo e reiterou a sua forte condenação do ressurgimento dos conflitos e das atividades dos grupos armados, incluindo os rebeldes do M23", lê-se no comunicado.
Neste encontro em Windhoek, a SADC apelou também a "uma abordagem coordenada", tendo em conta os destacamentos existentes "ao abrigo de acordos multilaterais e bilaterais" na conturbada região leste daquele país e apelou às autoridades da RDCongo para que criem “condições e medidas necessárias para assegurar uma coordenação efetiva".
Numerosos grupos armados operam há décadas no leste da RDCongo, muitos dos quais resultado das guerras regionais que eclodiram nas décadas de 1990 e 2000.
Na província de Kivu do Norte, o Movimento 23 de Março (M23) passou a controlar a partir de novembro de 2021 de grandes áreas de território rico em minerais e continua a avançar e a consolidar a sua presença apesar de um roteiro para a paz acordado em Luanda, Angola, em julho de 2022.