Na petição online, os subscritores pedem "a toda comunidade académica, e não só, desde juízes, procuradores, professores, estudantes, activistas e sociedade em geral", que subscrevam o documento.
Os signatários, entre eles os activistas Hitler "Samussuku", Laura Macedo e "Dito" Dali, acusam o Chefe de Estado "de ter cometido irregularidades e violação do artigo 29 da Constituição da república de Angola, nomeadamente de "atentar gravemente contra o Estado Democrático e de Direito", assim como de "crimes contra a segurança do Estado e contra o regular funcionamento das instituições públicas".
Segundo os subscritores, o Presidente "persiste nas opções políticas e económicas que em seis anos conduziram o país a um retrocesso sem paralelos na história do pós-guerra, marcado por contrações da economia ano após ano, inflação, instabilidade cambial, endividamento público, desemprego e miséria generalizada, havendo hoje cidadãos lúcidos a alimentarem-se de restos de comida recolhidos em contentores de lixo".
Para os subscritores desta petição, João Lourenço "falhou na sua cruzada contra a corrupção", que consideram ter sido apenas "uma estratégia que visou fanatizar as consciências dos cidadãos que clamavam por moralidade na gestão pública e, por outro, de uma agenda oculta de instrumentalização dos órgãos de justiça para perseguir e aniquilar os seus correligionários que eventualmente lhe fariam oposição no MPLA e outros por quem não nutre simpatia.
Acusam igualmente o Presidente de recorrer "abusivamente a contratações por ajustes directo, contratação simplificada à margem da lei, sendo quase sempre feitas adjudicações de valores astronómicos a um grupo selecto de empresas associadas a si e amigos, como a Omatapalo, Carrinho, Mitrell Group Limited, DAR ANGOLA e outras".
Dizem ainda os subscritores que João Lourenço "tem sido contumaz na violação dos direitos humanos em Angola".
"Prometeu combater a corrução e criou uma nova elite de corruptos, prometeu acabar com a bajulação e criou uma nova agremiação de bajuladores, prometeu baixar o preço dos combustíveis, subiu no mês de Junho, agravou o custo de vida do soberano povo angolano", lê-se na petição.
Os signatários exigem que a petição pública seja discutida na Assembleia Nacional, e caso tal não aconteça, ameaçam "sair às ruas numa mega manifestação em Angola e na diáspora para exigir que João Lourenço seja destituição do cargo de forma coerciva". NJ