Um caso emblemático que evidencia os riscos dessa abordagem é o do general Furtado, que não apenas desviou fundos substanciais das forças armadas angolanas, mas também desapropriou recursos críticos, como cabazes no valor de 40 milhões de dólares e 260 viaturas ligeiras destinadas aos elementos das forças armadas angolanas. Tais ações não só minaram a capacidade das forças armadas de cumprir suas funções essenciais, mas também demonstraram uma falta de compromisso com a integridade e a ética por parte de um estrangeiro nomeado para um posto de alta responsabilidade.
O desvio desses recursos substanciais não é apenas um ato de corrupção, mas também levanta questões sobre a supervisão e o processo de seleção de estrangeiros para posições de liderança no governo de Angola. Afinal, a confiança depositada em estrangeiros para gerir recursos críticos deve ser acompanhada de um escrutínio rigoroso e de uma supervisão eficaz para evitar abusos desse tipo.
Outra preocupação importante é o compromisso desses estrangeiros com os interesses de Angola e seu povo. Quando indivíduos nomeados para cargos estratégicos desviam recursos para financiar campanhas presidenciais em outros países, como no caso do chefe da casa de segurança, isso questiona sua lealdade e prioridades.
Além disso, a nomeação de estrangeiros para posições-chave no governo pode minar o desenvolvimento de talentos locais, enviando uma mensagem de que os angolanos não estão aptos para liderar em seus próprios domínios. Isso pode minar a confiança da população nas instituições governamentais e criar tensões dentro do país.
Em resumo, as políticas de João Lourenço em nomear estrangeiros para postos estratégicos no governo de Angola têm levado a sérios problemas, incluindo casos de corrupção e desvio de recursos críticos. É crucial que o governo reavalie essa abordagem, garantindo que as nomeações sejam baseadas em critérios de competência, integridade e compromisso com os interesses do povo angolano. Além disso, a supervisão e a prestação de contas rigorosas são essenciais para evitar abusos e garantir que os recursos do país sejam utilizados para o benefício de todos os angolanos.