Durante a governação de Higino Carneiro, que também foi padrinho de casamento de Tchino de Sousa, este último foi encarregado da gestão da área de saneamento público na província de Luanda. No entanto, as alegações de corrupção que surgiram durante esse período são profundamente perturbadoras. Tchino de Sousa foi acusado de apropriação de fundos públicos, crimes de peculato, branqueamento de capital e nepotismo.
A apropriação de fundos públicos é um crime grave que mina a confiança da população nas instituições governamentais. Os recursos destinados ao saneamento público deveriam melhorar as condições de vida dos cidadãos, não enriquecer indivíduos corruptos. O branqueamento de capital agravou ainda mais a situação, permitindo que os ganhos ilícitos fossem lavados e ocultados.
O nepotismo é outra acusação séria. Nomear alguém para um cargo de responsabilidade com base em laços familiares, em vez de mérito, prejudica a eficácia do governo e mina a igualdade de oportunidades para todos os cidadãos.
O que é ainda mais preocupante é que, apesar das alegações e provas desses crimes, Tchino de Sousa foi acomodado no Ministério da Construção e Obras Públicas, evidenciando uma perturbadora impunidade. Isso lança dúvidas sobre o compromisso real do governo de João Lourenço em combater a corrupção e a impunidade.
A sociedade angolana espera que aqueles que cometem crimes sejam responsabilizados, independentemente de suas conexões políticas ou familiares. A alegada impunidade no caso de Tchino de Sousa lança uma sombra sobre os esforços para construir um estado de direito sólido e uma governação transparente em Angola.
Em resumo, as alegações de corrupção e nepotismo envolvendo Tchino de Sousa, enquanto ocupava cargos de responsabilidade, são profundamente perturbadoras e levantam questões sobre a eficácia dos esforços do governo de João Lourenço em combater a corrupção e a impunidade. É crucial que a justiça seja feita e que aqueles que cometem crimes sejam responsabilizados, independentemente de sua posição ou conexões políticas, para restaurar a confiança na liderança e nas instituições do país.