“Condenamos veementemente os atos de vandalismo que tiveram lugar na cidade e capital, Luanda”, escreveu Nelito Ekuikui, secretário provincial da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), principal partido da oposição angolana, na sua página do Facebook.
Luanda viveu momentos de caos nas primeiras horas da manhã de hoje, dia em que três organizações de taxistas decretaram uma paralisação destes transportes coletivos, com distúrbios em vários pontos da capital, estradas cortadas, longas filas de trânsito e enchentes nas paragens, bem como atos de vandalização, nomeadamente contra um edifício do MPLA (partido do poder).
Em declarações hoje à Televisão Pública de Angola (TPA), o secretário provincial do MPLA em Luanda, Bento Bento, associou o ato de vandalização à UNITA, o que o partido do “Galo Negro” rejeitou.
“Lamentamos muito e ouvimos com tristeza as acusações do secretário provincial (do MPLA) em Luanda”, disse Ekuikui no comunicado divulgado no Facebook, esclarecendo que a UNITA nada teve a ver com os atos de vandalismo.
O dirigente partidário sublinha que “o diálogo é a maior via para apaziguar os espíritos” e que os “atos de vandalismo resultam sempre num saldo negativo”, criticando a vandalização dos autocarros e outros bens públicos, que “merecem um tratamento exclusivo por pertencerem a todos nós como resultado do dinheiro público”.
Recomendou, por isso, ao Governo que dialogue com o povo e resolva os seus problemas.
“Não mintam ao povo. Se comuniquem com os sindicatos e resolvam as exigências dos cadernos reivindicativos. Saber a fonte do problema e fingir demência não resulta, continuar a esquivar os sinais e simular uma sequência de acontecimentos também não resulta. Acusar a UNITA não é a solução para os problemas do país. Precisam se melhorar a esse nível”, exortou o político.
Nelito Ekuikui apelou ainda à tranquilidade e serenidade: “Vamos dialogar, não vamos colocar em risco a segurança e a vida de outrem, isso não faz parte da cultura do nosso povo”, destacou.