A posição consta do comunicado final da primeira reunião ordinária do secretariado do bureau político do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), dirigida pelo seu líder, João Lourenço, que analisou assuntos ligados à vida interna partidária e outros relativos à promoção do desenvolvimento sustentável e diversificado, “com o intuito primordial de resolver os problemas do povo”.
“Os membros do secretariado do bureau político reiteram a condenação ao ato de rebelião ocorrido dia 10 de janeiro do presente ano, em Luanda, que alterou a ordem pública, vandalizou bens públicos e privados e pôs em risco a segurança física e a vida de muitos cidadãos, em particular de profissionais da saúde e da comunicação social, para os quais endereça a sua solidariedade”, refere a nota.
Para o secretariado do bureau político foi “deplorável e irresponsável o aproveitamento decorrente da paralisação de uma pequena parte dos táxis de Luanda, servindo de pretexto para a prática de um ato de terror, deixando evidente a materialização de um macabro plano de ingovernabilidade através do fomento da vandalização de bens púbicos e privados, incitação à desobediência civil, na tentativa da subversão do poder democraticamente instituído”.
No comunicado, é reiterado o compromisso do MPLA “em permanecer inflexível e vigilante na ingente batalha para a manutenção da paz e da reconciliação nacional, apelando aos militantes, simpatizantes e amigos do partido a cerrarem fileiras em torno do camarada presidente João Lourenço, que lidera de forma implacável os processos conducentes à promoção do desenvolvimento humanos e bem-estar dos angolanos”.
Ao povo angolano, a mensagem encoraja ainda que continue “firme no respeito às normas de sã convivência na diferença, o respeito às autoridades, ao bem público e privado, como cívica contribuição para a construção de uma Angola mais desenvolvida, democrática e inclusiva”.
Na segunda-feira, na sequência de uma greve iniciada por taxistas registou-se na zona de Benfica atos de violência, que resultaram na destruição de um autocarro, incendiado por indivíduos não identificados, bem como na destruição de um edifício do MPLA, ao qual foi igualmente ateado fogo, além da agressão a profissionais de saúde e jornalistas.
A polícia anunciou no mesmo dia a detenção de dezenas de pessoas, que foram levadas a julgamento sumário, algumas delas tendo já sido libertadas.