Francisco Queiroz, que falava hoje em declarações à imprensa, no final do IV Diálogo Estratégico Caminho-Conjunto entre Angola e União Europeia no domínio dos Direitos Humanos, reagia ao relatório sobre o Índice de Perceção da Corrupção 2021, divulgado pela organização Transparência Internacional.
“É uma avaliação bastante positiva, Angola subiu seis posições e é uma subida sustentável, porque já vem dos anos anteriores e representa de facto o comprometimento do Executivo angolano relativamente a esse aspeto muito importante dos direitos humanos, que é combate à corrupção”, frisou.
O governante angolano salientou que o relatório coloca Angola entre os países da áfrica subsaariana que mais evoluíram em termos de combate à corrupção, e “isso deve-se à política do Presidente João Lourenço de combate sistemático à corrupção”.
“Tem uma importância muito grande para nós, porque é também um reconhecimento internacional do bom trabalho que o executivo está a fazer no combate à corrupção”, destacou.
A média da África Subsariana é de 33 pontos, a mais baixa do mundo, e 44 países classificam-se abaixo dos 50 pontos.
Entre os países lusófonos, Cabo Verde surge na 39ª posição, com 58 pontos, São Tomé e Príncipe na 68ª posição (45 pontos), Angola na 136ª posição (29 pontos), a Guiné-Bissau ocupa a 162ª posição (21 pontos) e a Guiné Equatorial, que ocorre na 171ª posição, surge na lista com apenas 17 pontos e merece algumas considerações particularmente críticas no relatório anual da organização não-governamental (ONG) com sede em Berlim.
O relatório assinala que Angola regista "uma melhoria significativa" na sequência da eleição do Presidente, João Lourenço, em 2017, que tomou medidas significativas para quebrar a corrupção.
Por sua vez, a representante da União Europeia em Angola, Jeannette Seppen, realçou a evolução do país no domínio dos direitos humanos, apesar de alguns desafios que subsistem.
“Angola sem dúvida está no bom caminho, mas ainda há coisas para fazer e isso faz parte do nosso diálogo, da nossa parceria e de falar dos passos”, disse Jeannette Seppens, salientando que “já há muitos avanços que foram feitos, como por exemplo [a criação] os comités locais dos direitos humanos”.
“Mas também ficam ainda desafios, como por exemplo, na igualdade de género e também falamos sobre o grande assunto este ano em Angola, as eleições, como veem as eleições, mas temos impressão que as coisas estão a correr bem e que estamos lá como parceiros exímios para acompanhar e continuar nesses passos positivos”, referiu.