O esclarecimento foi dado hoje pela embaixada de Angola na África do Sul, na sequência de notícias sobre o arresto do avião, no aeroporto da Cidade do Cabo, por falta de autorização obrigatória de operador estrangeiro (FOP).
Segundo a embaixada angolana, a operadora do voo (Heli Malongo), “fez o pedido de autorização de sobrevoo e aterragem em território sul-africano, mas não aguardou o tempo suficiente para a obtenção da resposta, razão pela qual, as autoridades sul africanas não permitiram que a tripulação composta por cinco elementos, saísse do aparelho, impedindo de igual modo o embarque dos passageiros”.
A aeronave, do tipo Bombardier Dash-8 Q400 D2-QUE, ia recolher 20 passageiros da empresa petrolífera Chevron, que ficaram retidos na Cidade do Cabo devido ao cancelamento dos voos da companhia aérea angolana TAAG, cujos pilotos iniciaram na sexta-feira uma greve de dez dias.
A nota de imprensa da Embaixada de Angola salienta que o avião já regressou a Luanda e a situação está normalizada, tendo sido contactado o Departamento de Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul, a quem a missão diplomática agradece “a pronta colaboração” para ultrapassar a situação.
As notícias divulgadas inicialmente pelo jornal online Eyewitness indicavam que o avião teria sido fretado pela TAAG, mas a companhia aérea negou qualquer ligação ao incidente.
"A TAAG, Linhas Aéreas de Angola nega qualquer relação com a aeronave que se encontra retida no Aeroporto Internacional da Cidade do Cabo sob custódia das autoridades da África do Sul", sublinhou a transportado num comunicado de imprensa.
O avião "não pertence a frota da TAAG, não foi contratado pela TAAG para a realização de nenhum voo fretado, e nem tão pouco está registado no certificado de operador aéreo (Air Operator Certificate) da TAAG junto da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), o regulador do setor em Angola", refere, no mesmo comunicado.