Profissionais da educação e da saúde, entre outros, do setor público, não receberam ainda o ordenado do mês passado e admitem paralisar as suas atividades.
A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) considera “inaceitável” que a situação se mantenha, 13 dias após o início do mês, sem que o executivo tenha explicado as razões do atraso, “provocando consequências dramáticas para a vida dos funcionários e suas famílias, privados dos seus rendimentos já de si insuficientes”.
Num comunicado de imprensa, o Grupo Parlamentar da UNITA instou o executivo a resolver “esta irregularidade” com celeridade e a esclarecer os motivos do atraso, que se tem tornado recorrente, “numa altura em que o país tem arrecadado avultados recursos com o diferencial do preço do barril do petróleo”.
Alerta ainda para as consequências do atraso no pagamento dos salários do sistema de ensino, numa altura em que o ano letivo 2022/23 está quase a terminar, “pois os seus operadores têm de se preocupar em encontrar alternativas à sua sobrevivência e dos seus dependentes”.
A Lusa procurou obter esclarecimentos sobre os atrasos junto do Ministério das Finanças angolano, sem resposta até ao momento.