Japão e congolesa Gecamines acordam exploração mineira para Corredor do Lobito

Um acordo de exploração mineira entre o Japão e a congolesa Gecamines no âmbito do desenvolvimento económico do corredor ferroviário angolano do Lobito foi assinado na África do Sul, disse hoje à Lusa fonte da administração norte-americana.

O Memorando de Entendimento (MOU, na sigla em inglês) foi assinado à margem da conferência anual africana de investimento mineiro Mining Indaba, na Cidade do Cabo, no âmbito da Parceria de Segurança Mineral (MSP), salientou a fonte do gabinete do subsecretário de Estado dos Estados Unidos (EUA) para Crescimento Económico, Energia e Meio Ambiente, Jose Fernandez, que participa no evento.

O acordo celebrado entre a empresa congolesa La Generale des Carrieres et des Mines (GECAMINES) e a Organização Japonesa para Metais e Segurança Energética (JOGMEC) estabelece "um quadro para a coordenação na exploração, produção e processamento mineral, em alinhamento com o desenvolvimento da Parceria para Infraestruturas e Investimentos Globais (PGII) do Corredor do Lobito" (que percorre Angola), segundo um comunicado do governo norte-americano.

Nesse sentido, o acordo pretende criar um quadro de cooperação nas áreas de mineração e recursos minerais com a intenção de expandir as oportunidades de negócios na região.

"Além disso, a Gecamines será um ator-chave no projeto do Corredor do Lobito devido ao seu grande portfólio de projetos de `joint-venture` [empreendimento conjunto] em produção, representando mais de 1.5 milhões de toneladas de cátodos de cobre e 100.000 toneladas de hidróxido de cobalto e mais a serem encomendados de projetos em construção", adiantou.

A Parceria de Segurança Mineral (MSP), presidida pelos EUA, é uma colaboração de 13 países e da União Europeia (UE), visando "catalisar investimentos públicos e privados em cadeias de abastecimento de minerais críticos a nível mundial", segundo a página oficial na internet do Departamento de Estado norte-americano.

Além dos EUA, o projeto MSP integra a Austrália, Canadá, Finlândia, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, Noruega, República da Coreia, Suécia, Reino Unido, e a União Europeia, representada pela Comissão Europeia, segundo as autoridades norte-americanas.