Luanda é uma das cidades selecionadas para projeto de cinema alternativo

Luanda é uma das oito cidades selecionadas pela plataforma bi’bak para o projeto ‘Cinema of Commoning’ que pretende criar um modelo de cinema alternativo orientado para os "comuns", no que respeita à acessibilidade, liberdade artística e sustentabilidade financeira.

Fundado na cidade de Berlim pela plataforma bi'bak, o ‘Cinema of Commoning’ (Cinema de Partilha) envolve vários parceiros internacionais e tem como objetivo reunir uma rede de conhecimentos sobre cinemas e iniciativas cinematográficas em todo o mundo, segundo um comunicado da Geração 80, que se associa ao projeto em Luanda.

A capital angolana integra o projeto através do Cine Geração, espaço de exibição de filmes localizado no quintal da produtora audiovisual Geração 80, e terá o Goethe Institut-Angola como parceiro local.

A iniciativa defende o cinema como um espaço transnacional para a prática artística e social, como um lugar de discurso público, como um agente da memória cultural e do património urbano, e como um local para preservar e distribuir formatos de filmes e vídeos raramente acessíveis.

Lançado em 2020, ‘Cinema of Commoning’ divide-se em duas etapas. Em abril e maio, haverá um programa de cinema com curadoria coletiva, com filmes exibidos em oito cidades.

Além do Cine Geração (Luanda), serão feitas exibições no Cine CCC (Santiago, Chile), Cinema Akil (Dubai, Emirados Árabes Unidos), Kundura Sinema (Istambul, Turquia), Cinema Arta (Cluj-Napoca, Roméni), Forum Lenteng (Jacarta, Indonésia) e DocClub (Banguecoque, Tailândia).

No mês de junho, será realizado um simpósio de três dias que reunirá iniciativas de parceiros, profissionais do cinema e cinéfilos em Berlim, a fim de desenvolver conceitos e estratégias para espaços sustentáveis dedicados à cultura cinematográfica.

No total foram selecionados oito filmes dos países que acolhem o projeto, pensados numa série cinematográfica com curadoria coletivamente por todas cidades, que se afastam “de um olhar eurocêntrico para perspetivas transnacionais, (pós) migrantes e pós-coloniais”.