"No que diz respeito à emissão e liquidação de ordens de saque (ordens de pagamento do Estado), as que não estão liquidadas serão regularizadas em até 90 dias", disse o governante, numa conferência de imprensa após a 5.ª reunião da comissão económica do Conselho de Ministros.
"Daqui para a frente será assim, senão temos previsão de receitas para honrar aqueles pagamentos não vamos assumir essas responsabilidades, esses compromissos, mas a partir do momento em que é emitida uma ordem de saque a nossa obrigação é assegurar a liquidação em 90 dias", reforçou Massano, salientando que a "insegurança" de ter uma ordem de saque e não saber quando é liquidada coloca os serviços financeiros do Estado sob pressão.
Sobre a situação atual do país, que levou à adoção de um conjunto de medidas de contingência, o ministro indicou que houve um conjunto de pressupostos que não se materializaram, em particular o recuo da produção petrolífera (cerca de 8% no primeiro trimestre), bem como maiores dificuldades no acesso aos mercados financeiros o que "impactou na capacidade de mobilização de recursos para executar o OGE [Orçamento Geral do Estado]".
Quanto à acentuada desvalorização do kwanza, disse que foi "consequência de menor oferta de cambiais na economia e uma procura quase com vontade própria" que levaram a um "processo de ajustamento por forças de mercado".