Luísa Damião falava no final de uma reunião promovida pelo executivo para abordar questões ligadas ao processo eleitoral, designadamente dúvidas sobre o registo eleitoral oficioso, que teve a duração de seis meses.
“A democracia faz-se com todos, mas precisamos de respeitar as leis e nós somos partidos com assento parlamentar, somos nós que aprovamos as leis então devemos levar ao conhecimento dos potenciais eleitores para que eles possam estar dentro do assunto e não tenham dúvidas”, salientou.
Segundo Luísa Damião, o MPLA tem estado a apelar “para que se evite a violência, para que se evite a intolerância política”.
“Para que todos nós possamos colocar as nossas impressões digitais, para que este processo seja de facto uma verdadeira festa da democracia”, referiu.
Questionada se a intolerância política e a violência são os principais receios do partido no poder nestas eleições, Luísa Damião respondeu que não, sublinhando que o MPLA está a fazer o seu papel.
“Estamos a educar os nossos eleitores neste sentido e penso que todos nós que estamos neste processo da construção do fortalecimento da nossa democracia, devemos trabalhar na sensibilização dos nossos potenciais eleitores para não aderirem à violência e à intolerância política”, acrescentou.
A vice-presidente do MPLA disse que o partido tem realizado trabalhos no âmbito da educação cívica, para a “elevação cívica e eleitoral” dos cidadãos, bem como “fazê-los compreender que as eleições devem ser um processo onde cada um participe de forma livre, mas para isso têm que estar habilitados para tal”.
“Sensibilizamos os potenciais eleitores a atualizarem os seus dados, sobretudo aqueles que mudaram de residência e aqueles que vão votar pela primeira vez”, acrescentou.
Angola, que tem até à presente data 11 partidos políticos legalizados, vai realizar as suas quintas eleições gerais em agosto deste ano.