Covid-19: Passageiros deixam de pagar testes pós-desembarque em Angola

Os passageiros que desembarquem em Luanda vão deixar de pagar os testes à covid-19 à chegada ao aeroporto, cujos custos passarão a ser assumidos pelo Governo angolano, anunciou hoje o ministro Francisco Furtado.

O ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República falava em conferência de imprensa, em que anunciou o fim da situação de calamidade pública, com a entrada em vigor de um novo decreto que estabelece medidas administrativas de vigilância e combate à covid-19.

As entradas no território nacional continuam a estar dependentes da realização de um teste pré-embarque de deteção do vírus SARS-CoV-2, com resultado negativo, nas 72 horas anteriores à viagem, estando os passageiros igualmente sujeitos à realização de um teste pós-desembarque (antigénio) que passa agora a ser gratuito.

“Um dos principais constrangimentos no centro de testagem pós-desembarque [no aeroporto 04 de fevereiro] tem sido o pagamento dos testes. A partir de agora estão isentos do pagamento dos testes, ficando o Estado com esse encargo”, disse Francisco Furtado.

O governante afirmou também que o executivo vai implementar a obrigatoriedade de vacina nas fronteiras terrestres para evitar a propagação a partir dos territórios vizinhos, nomeadamente da República Democrática do Congo e apelou à população para colaborar no combate à covid-19.

O general Francisco Furtado alertou ainda para a “má conduta” de alguns cidadãos que não tomaram a vacina, mas têm apresentado cartões de vacinas de outros cidadãos para aceder a determinados estabelecimentos, pelo que estes devem ser acompanhados por um documento de identificação pessoal.

O ministro salientou que Angola deve “manter os ganhos” da melhoria da situação epidemiológica e continuar a reduzir os níveis de propagação, o que só é possível com disciplina, rigor, e manutenção do controlo sanitário e vigilância.

 O continente africano registou até hoje mais de 11,515 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, número que representa 3% do total de casos notificados globalmente, e um total de 252.434 mortes associadas à doença, segundo o Centro Africano de Prevenção e Controlo de Doenças (África CDC). 

A covid-19 já provocou pelo menos 6,26 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da página 'online' Our World in Data. 

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China. 

A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante do mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.