Adalberto da Costa Júnior falava aos jornalistas após receber uma delegação da União Europeia, num encontro em que foram analisados desafios do período eleitoral, entre outros temas, e que descreveu como “bastante positivo”.
Sublinhando as “grandes expectativas” quanto a uma missão de observação europeia, o presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) lamentou que o governo angolano, nos últimos pleitos eleitorais, não tenha demonstrado “grande interesse” em ter no país uma observação internacional democrática.
“Infelizmente, esta tem sido a postura do governo angolano. Nós, de há um tempo a esta parte, temos tentado sensibilizar o governo para uma postura diferente, mais democrática, mais aberta e mais credível nestas eleições. Ora o que nós estamos a verificar é uma repetição daquilo que tem sido comum”, salientou.
Adalberto da Costa Júnior acusou o governo de “retardar os convites” para os observadores, conseguindo interferir assim na vinda das missões.
Sublinhando que as eleições se fazem com múltiplos componentes, entre as quais as observações internacionais, o líder da UNITA afirmou que “pretender trazer a Angola apenas os primos africanos de proximidade político-ideológica” não se traduz num elemento de credibilidade para o processo eleitoral.
E deixou um apelo: “Ainda acredito que, tanto no âmbito da Assembleia Nacional como no âmbito da Comissão Nacional Eleitoral, nós temos condições de dirigir convites a espaços internacionais com credibilidade e com experiência democrática para ajudar a credibilizar o processo angolano”.
Angola vai escolher o seu novo Presidente da República e representantes na Assembleia Nacional a 24 de agosto, com o atual chefe do governo, João Lourenço candidatar-se a um segundo mandato.