O anuncio foi feito hoje pelo presidente da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, que encabeça uma lista onde constam também membros de outras forças políticas, como Abel Chivukuvuku, do projeto político PRA-JA Servir Angola (em número dois, lugar em que concorre para vice-presidente) ou Justino Pinto de Andrade, do Bloco Democrático, que se apresentam unidos numa plataforma designada Frente Patriótica Unida.
Num encontro com jornalistas em Luanda, Adalberto da Costa Júnior indicou que o manifesto eleitoral ao sufrágio de 24 de agosto vai ser lançado no próximo dia 23 e pretende responder a aspetos estruturais da governação.
Entre os compromissos que assume caso seja eleito chefe de Estado nas próximas eleições estão a revisão constitucional, com possibilidade de eleição direta do Presidente da República, a promessa de realizar eleições autárquicas um ano depois e autonomia para a província de Cabinda.
O manifesto, avançou, terá cerca de 70 páginas, e sintetiza de forma bastante completa o programa de governo que a UNITA não pretende desvendar na íntegra para não ser copiado pelos adversários do partido no poder, MPLA.
Às eleições angolanas, em que a UNITA pretende destronar do poder o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que governa Angola desde 1975, concorrem sete partidos políticos e uma coligação.
Desde que entrou em vigor a Constituição de 2010 que não se realizam eleições presidenciais, sendo o Presidente e o vice-presidente de Angola os cabeças-de-lista do partido mais votado nas eleições legislativas.
No último ato eleitoral, em 2017, o MPLA obteve a maioria com 61,07% dos votos e 150 deputados, e a UNITA conquistou 26,67% dos votos e 51 deputados.